Meu violão já não canta
Minhas pernas já não dançam
Minha voz ousa silenciar-se
Tão cansado caminho sem rumo
Sem direção
Visão turva, pelo qual a paisagem anula
Paisagem ou miragem
Reflito agora que sua canção se afastou de mim
Repenso as infinitas chances rever as frases
Reescrevo
Sozinho ao som de minha mente vazia
Sentado agora, compreendo
Ou não...
Talvez seja só uma forma de me enganar
De meus pensamentos ganhar
Detê-los
Mas não consigo
Minha mente agora é minha prisão
A qual tomo por abrigo
Distinto
Eu e meu inseparável violão
Por qual tenho amor, e paixão
Aquele quem me descreve em um pequeno refrão
Versos, por vezes acompanhados de inspiração
E outras não, apenas cantando
Para me levantar
Quando sento num quarto e estou a penar
Translúcidos são meus olhos
Fundos também
E não sei a razão
De tão legíveis, perco a noção
Pareço tão previsível
Mas não sou
Tenho tudo que não imagina
Ainda um pouco de amor
Nenhum comentário:
Postar um comentário