Agora que se foi, dormirei
Esperarei que me desperte ao voltar
Esperarei pelo toque
Esperarei pelo olhar
Estarei todas as noites aqui
Me afogando no sono
Para que assim não me afogue em mim
Não me afogue nas memórias
Nem em minhas derrotas
As póstumas encobrem a dor
Mas não curam
Hoje irei deitar, e esperarei a voz
Torço pra que a voz não me seja um teste
Porque ainda me pergunto se apenas durmo ou se, de fato, estou sozinho
Eu grito de fora:
Acorde, acorde, acorde
Mas nada ouço
Meu cérebro foi programado
Meu corpo agora está do outro lado
Sem saber rejeita o caminho
Pois o fim é aqui
Sim, o fim é aqui
Fim dos sonhos, e da esperança
Fim da alegria
Não é lugar para crianças
E irei redigir, o fim será aqui!
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