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sábado, 27 de dezembro de 2014

Coisas de todo dia

Eu sei que as horas se repetem
E ainda se pergunta o porque
Porque escrevo lúdicamente tão lucidamente
Inconsciênte, inerente

Vejo o despertar das mãos
O agir das pernas
Sua forma de levar a vida
Sua forma de levar à vida
Sua dores, feridas
Os passos que sugerem, passivamente, uma dança
Os olhares que transmitem, carecidamente, um descanso
Pensamentos soltos, os avanços
Detalhes imperceptíves a olhos nu

O óculos da paixão determina a canção em que danças
Ouvidos atentos, afinam o canto
Coração disparado dá a melodia
E o encontro dos corpos quem trás euforia
Doce menina

Mesmo que não me ouçam
Eu irei dizer, e talvez gritar
Irei sentir, ou até chorar
Implorar que me salve daqui
Que me salve da minha mente
Me salve da minha guerra
Me salve de mim mesmo, que hoje se encontra doente

Ainda me restam alguns dias
Talvez horas
Mas viverei
E repetirei estas coisas por todos os dias

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