Páginas

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Último toque

Me beije uma última vez
Pois sabemos que este será um adeus

Estando eu sentado, senti que me cortava uma corrente elétrica
Onde o ceticismo me prendia a você
Me prendia a tudo o que disse
O céu, enquanto meu lado cético se aproximava, era azul
Mas logo todas as cores se misturaram formando um cinza neutro
Um véu preto
Do qual o céu se enchia
Tive um momento de reflexão
E nada, apenas uma cabeça vazia
Que o ar entrava e saia

Não engane a si mesma, sabe que precisa disso tanto quanto eu
Na espera sangro por dentro
Sim, ainda consigo
Consigo satisfação em apenas sangrar por dentro
Venha devagar, ainda há tempo
Meu peito entra em putrefação

Meus dedos batucam no automático
Os braços se movem sem retardo
E na espera me vejo em letargo
Sentidos nostálgicos
Típico ceticismo a espera da falha
Mas irei sem descrever a perda
Voarei ao mais alto monte
De onde poderei somente te observar
Sentir o teu cheiro quando o vento levar
Olhar teus cabelos que pairam no ar
Sentir a brisa, e fingir relaxar
Enfim, estarei lá, a espera daquele beijo

Nenhum comentário:

Postar um comentário