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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Só não leve o que é meu!

Me conto mentiras
Finjo acreditar em mim
Sigo como se você estivesse aqui
No meio de tudo isso busco meios de acreditar
Espero um dia achar
Quando sou tomado pela irônia
Grandes e falsas teorias falidas
Me salvo por caridade
Mas a noite chega, e me deito
O travesseiro é meu gerador de sonhos
Ou meu espinho na carne
Me faz lembrar de tudo
Isso me atormenta

Você me invade, e me tira de mim
Mas como pode tomar o que é meu?
Procuro meu cais
Procuro meu porto
Sou um barco em busca de luz
De um farol
Um peixe que caiu em seu anzol
Um alguém que não soube amar, mas que tentou por você
Afinal, o que não fiz para te ter?
Acaso eu não tocaria o céu?
Ou até mesmo o trocaria?

Hoje, quando acordei, senti que me faltava algo
Olhei ao lado, e não a vi
Passei os olhos para a janela, e nem mesmo o sol estava presente
Me senti ausente
E assisti o céu, enquanto você dormia em algum lugar
Talvez em sua casa, mas hoje não nos falamos
Não senti tua respiração
Não senti o teu corpo
Mas na bagunça da minha mente, encontrei teu rosto
E perguntei-me do que vale se não tenho teu gosto?
Hoje percebo a falta que me faz, mas não volte
Estou beirando a morte encontrando minha paz

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