Quando a garganta seca, e as palavras entalam
Finda-se o ciclo
Bom Deus, me leve pra casa
Ouça uma vez mais o clamor de um filho
Pois meus olhos se enchem, e me faço por tempestade
Meu sangue, não tão puro, se seca
Mas me desfaço por ali
E não posso acreditar a que ponto cheguei
Mas cheguei
Ao meu redor se formam muros
Ao meu redor se fazem mundos
Sujos, imundos, impuros
Ressurgem a cada instante
Expostos em cada semblante
Mas não me torne uma arma
Não quero, mas minhas palavras são as munições
Não me deixe falar
Não me deixe com o público
Não me deixe cometer suicídio
Não me deixe cair no abismo
Não me deixe
Não quero ser ouvido
Quero ser visto
Não quero me aforgar em minhas palavras
Mas quero sentir as baladas
Os blues, ou até o jazz
Não quero me perder em conflitos
Mas trocar pés em ritmos
Quero que me samgrem os pés, antes que me sangre o frio coração
Que se finde o ciclo contigo, mas me ouça
Bom Deus, me faça, e a refaça
Volte-me ao primeiro amor
Me leve ao ardor
Me transforme
Retire a bala que me entala
As que me engasgam
Leve contigo, as tome pelas mãos
E em troca, me dê um bom coração
Nenhum comentário:
Postar um comentário