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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Homem de papel

A decadência do momento
A carência e seu intento
Agora nao crio, apenas cito

O homem de papel e seus pensamentos
Seu coraçao que se perde ao vento
Se resfria no vapor do alento
Suas experiências o fazem um origâmi
Suas dobras dão a dica de como o refazer
A sua volta se vive um mundo que não pude dizer

"Sexo, drogas e rock n' roll"
Eles gritavam
O coração de papel, por suas lágrimas se desfazia
Por uma dose de vodka refeito se sentia
Amarelava-se o papel

"Sexo, drogas e rock n' roll"
Eles gritavam
O coração de papel, por suas lágrimas se desfazia
Completara um ciclo
Ciclo vicioso de um coraçao de papel
Que por uma dose, se via ao céu

Mas o homem, em seu espírito era pobre
Um amarelado coraçao, que víamos ser nobre
E agora sua conduta o envolve
Amarelo, amarelo, amarelo
Vivia ele num paralelo

E sem findar a história, um alguém me interrompe
Sutil e calmo procuro onde
Ouve-se uma voz ao longe
Um alguém diz:
"Onde vemos este tal homem?"
E eu respondo:
"Em cada esquina, em cada bar, em cada noite, e pior, enterrado dentro de mim"

Pois ali, morto, estava o homem de papel
Se colocando como réu
Recordando seu passado
Relembrando seus atos
Pois o passado nao se pode esquecer
Quando esquecemos as raízes, perdemos respeito por quem somos
Ou por nossos sonhos, voltando assim, ao papel
A impureza, a vícios, e incertezas

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